Mais de 2 milhões de turistas devem curtir as festas de Ano Novo em Alagoas.

Maceió ocupa o primeiro lugar entre os 10 destinos mais procurados para passar as festas de fim de ano, segundo a CVC

Que Alagoas é o paraíso das águas e tem as mais belas praias do Brasil, muita gente sabe. Mas, aos poucos, o estado vai se tornando também um dos destinos favoritos dos turistas para passar o réveillon. Maceió, Maragogi, São Miguel dos Milagres, no litoral Norte e Barra de São Miguel, no litoral Sul, estão entre as cidades mais procuradas nesta época do ano, desbancando estados como o Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. A capital alagoana aparece em primeiro lugar entre os 10 destinos mais procurados para passar o Ano Novo e Maragogi em 9º, segundo pesquisa realizada pela CVC, a maior operadora de turismo da América Latina.

Este ano, são esperados mais de 2 milhões de turistas, a maioria composta por brasileiros, chilenos e argentinos, somente para as festas de fim de ano e uma ocupação hoteleira que pode chegar a 90%, conforme informou a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas (Sedetur-AL) à Gazeta de Alagoas.

Para este ano, as companhias aéreas vão adicionar 400 novos voos que incluem cidades como Goiânia, Uberlândia, Belo Horizonte, Campinas, Ribeirão Preto, Londrina, São Paulo e Porto Alegre, além dos voos fretados. Em Alagoas, a Azul ampliou a malha em 18%, aumentando o número de operações apenas no período de réveillon. A empresa aérea ofertou cinco novos voos extras, vindos de Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Uberlândia (MG), Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG). O resultado da implementação soma mais de cinco mil assentos de dezembro a fevereiro, período da alta temporada.

Já a Latam ampliou, desde o mês de outubro, 15% da malha aérea ofertada, o que significa o aumento de oito novos voos de Guarulhos (SP) e Brasília, diretos para Maceió.

Além disso, aviões fretados com destino a Alagoas para as festas de fim de ano também serão oferecidos aos turistas. Serão mais de 90 mil assentos, beneficiando mercados como São Paulo, Campinas, Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Londrina, Cuiabá, Goiânia e Brasília durante todo o mês de festa.

São esperadas 2 milhões de pessoas em todo o estado, mas o maior fluxo deve se concentrar mesmo em Maceió e Maragogi, e a expectativa é que a rede hoteleira venha a atingir 90% da sua ocupação.

Natal dos Folguedos – uma Maceió mais iluminada

Cada vez mais consagrada como a capital do réveillon, a Prefeitura de Maceió caprichou nas cores e no brilho da orla mais bonita do Brasil. A praia da Ponta Verde está mais iluminada e tem atraído turistas e alagoanos dos mais variados municípios. Este ano, o evento, que reúne gastronomia, cultura popular, música e iluminação natalina em um dos principais cartões-postais de Maceió, a orla marítima, está sendo realizado em 17 datas com programação variada e gratuita. O Natal dos Folguedos abre o calendário turístico da alta temporada na capital alagoana e deve se consolidar como um indutor de fluxo turístico para o destino Maceió, já sendo vendido por diversas operadoras em pacotes de viagem, de acordo com a Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer (Semtel).

Segundo a pasta, a prefeitura vem investindo cada vez mais em ações promocionais operadoras, agências e demais parceiros comerciais ao longo do ano.

Aparecimento do óleo esfriou os negócios

O surgimento das manchas de óleo no litoral alagoano foi um balde de água fria em todo o trade turístico alagoano. Municípios famosos por suas praias paradisíacas Maragogi, Maceió e Japaratinga, que chegou registrar queda de 90% no número de visitantes nos últimos meses, tiveram que lidar com uma chuva de cancelamentos de reservas por conta desse efeito devastador na natureza.

“As manchas de óleo, quando surgiram há três meses, não sentimos muito porque muito a queda porque o cliente já estava com tudo pronto para vir ao estado e não dava tempo de cancelar a viagem. Só que quem tinha viagem marcada para cerca de 30 dias após o aparecimento, deu tempo de cancelar. Algumas empresas de turismo também ofereciam outros destinos como Gramado, Rio de Janeiro e outros. Com isso, a gente sofreu muito e vem sofrendo, porque a demanda de turistas esperado não será igual aos dos outros anos”, afirmou Henrique Tenório, gerente administrativo da H3 Turismo.

O gerente citou, ainda, como uma grande perda para o turismo de Alagoas, o cancelamento de 40 voos da empresa Avianca com origem ou destino a Maceió.

“Até hoje sentimos esse impacto. Temos agora um voo direto de Lisboa para ver se melhora, porque todo mundo sente. Maceió está linda, mais iluminada que os outros anos, tudo isso pra chamar a atenção do turista, mas não está como antes. O óleo acertou em cheio o setor turístico no estado”.

Mas, aos poucos, a rotina nos balneários de Alagoas está voltando ao normal A expectativa do setor é uma melhora significativa nos meses de janeiro e fevereiro, com o carnaval. “Esperamos que essa temporada seja como a dos outros anos, apesar de tudo que aconteceu, mas a expectativa é muito grande para esses meses”.

O setor turístico já avalia outras formas de retomar a venda dos destinos em Alagoas, uma delas é o investimento nas redes sociais dos municípios e parcerias com influenciadores digitais.

Em Maceió, a prefeitura tem feito mobilização de agências e lojas franqueadas, além de ações de marketing digital, press trips com jornalistas de veículos nacionais e influenciadores digitais, além de um forte trabalho de comunicação interna voltada para o público final, com projetos como o Experimente Maceió nas redes sociais, que hoje conta com mais de 375 mil seguidores orgânicos, e o Maceió 360º, que utiliza a realidade virtual para apresentar os atrativos turísticos da capital alagoana tanto para os potenciais turistas quanto para os vendedores do destino.

A Prefeitura de Japaratinga ainda estuda o impacto que a nova iniciativa está causando no município. Conforme a secretaria de turismo do local, apenas 30% de ocupação na rede hoteleira são registrados até o momento.

Em Maragogi não foi diferente, as manchas de óleo afastaram os turistas da região e houve uma queda de 40% no número de reservas. A situação se agravou a tal ponto, que a prefeitura resolveu cancelar festas no final do ano.

Apesar dos problemas em vender a alta temporada, o setor vive a expectativa de ver o cenário mudar nos próximos meses e, dessa forma, Alagoas voltar a ser o destino mais procurado pelas famílias brasileiras e estrangeiras.

Da redação com Portal Gazetaweb.