Luta de Janones por auxílio emergencial de R$ 600 ganha apoio de deputados da oposição.
Oposição quer a votação da MP que cria o auxílio emergencial residual, e a ampliação do valor de R$ 300 para R$ 600.
A luta do deputado federal André Janones (Avante-MG) pelo retorno do auxílio emergencial ao seu valor original, de R$ 600, ganhou força ao ter os deputados da oposição como seus aliados. Eles acreditam que pode retornar com o benefício ao valor inicial, caso o texto seja apreciado no Plenário.
Nesta terça-feira (6/10), em coletiva à imprensa no Salão Verde, os líderes de partidos da oposição anunciaram que vão obstruir votações na Câmara até que seja colocada em pauta a Medida Provisória (MP) 1000/20, que prorroga o benefício até dezembro, porém com o valor reduzido pela metade – de R$ 600 para R$ 300.
Líder da minoria, José Guimarães (PT-CE) acusou o governo de trabalhar contra a votação da MP para evitar a aprovação de emendas que mantivessem o valor do auxílio em R$ 600. “O governo faz de tudo para deixar a MP caducar porque já está com seus efeitos produzidos. O governo comete irresponsabilidade com o Congresso”, reclamou.
Na opinião da líder do Psol, Sâmia Bomfim (SP), o auxílio foi uma conquista dos partidos de oposição. “O governo Bolsonaro nunca teve disposição de aprovar o auxílio emergencial. Sem ele, milhões de brasileiros teriam passado fome. A redução de R$ 600 para R$ 300 foi cruel. Quem perde é justamente a população mais pobre.”
Na tarde de hoje, a Câmara dos Deputados encerrou os trabalhos deliberativos em razão da obstrução de vários partidos. Outros partidos da base aliada também obstruíram os trabalhos por motivos diferentes, como a não instalação da Comissão Mista de Orçamento.
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