Fala de ex-PM ensinando a fazer sexo com mulher morta será investigada em inquérito civil, diz MP.
Declaração de Evandro Bitencourt Guedes foi feita durante aula na AlfaCon Concursos Públicos. Empresa diz que ‘respeita o ser humano’ e que gravação é antiga e foi retirada dos canais da plataforma.
A fala do ex-PM e professor Evandro Bitencourt Guedes ensinando alunos a fazer sexo com uma mulher morta será investigada em inquérito civil, afirmou o Ministério Público do Paraná (MP-PR) ao g1 nesta quarta-feira (6).
As falas, segundo o órgão, representam “suposta violação sexual de mulher morta”.
A declaração de Evandro foi dada durante uma aula da Alfacon Concurso Públicos, de Cascavel, empresa da qual ele é diretor-presidente.
Conforme o MP, a declaração de Evandro vai ser incluída em um inquérito civil em curso, contra a instituição, que apura declarações dadas durante aulas em que “há manifesta violação de direitos, preconceito, reiterado discurso de ódio e incitação à prática de crimes”.
No ano passado, uma reportagem do g1 mostrou que, em outra aula, o professor dizia gostar “de bater nas pessoas”.
“O caderno investigatório tem por objetivo apurar as notícias veiculadas na imprensa nacional e em rede social, notadamente sobre as condutas de professores da instituição.”
Conforme o artigo 212 do Código Penal Brasileiro, a violação de cadáver configura o crime de vilipêndio.
Em nota veiculada nas redes sociais na segunda-feira (4), a empresa AlfaCon Concursos Públicos disse que o vídeo é antigo e se trata de uma aula transmitida ao vivo no YouTube e que foi retirada do ar “para que nenhuma pessoa mais faça mau uso do conteúdo e em respeito a todos que possam se sentir ofendidos com a colocação”.
“AlfaCon, como empresa que respeita o ser humano acima de qualquer coisa, entende a indignação demonstrada nas redes sociais, pois o vídeo foi editado de forma a parecer que o professor em questão era praticante do crime. O que não é verdade. O vídeo na íntegra deixa claro que se trata apenas de um exemplo fictício e caricato para ilustrar uma situação do direito penal”, diz a nota.
A empresa ainda não se manifestou sobre a inclusão da fala de Evandro no inquérito civil informada pelo MP nesta quarta (6).
O g1 procura contato com a defesa de Evandro.
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