Flordelis passa mal após agentes flagrarem celular em sua cela.
A ex-deputada Flordelis dos Santos, de 63 anos, foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo Penitenciário de Bangu, na zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP-RJ), ela tinha sintomas de pressão alta, dor de cabeça e tontura. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo e foi confirmada pela reportagem do Terra.
Antes de ser encaminhada para a unidade médica, Flordelis dos Santos, condenada por assassinar o marido, estava em isolamento, punição esta aplicada pela direção da Penitenciária Talavera Bruce, onde cumpre pena, após agentes encontrarem um aparelho celular na quarta-feira, 4, na cela que ela ocupava.
A ex-deputada passou a noite na UPA para normalizar o quadro de saúde. Na quinta-feira, 5, a direção optou por mantê-la no leito, visto que na sexta-feira, 6, ela já tinha um exame agendado na
unidade.
A detenta foi submetida a um Ecodoppler, espécie de ultrassom com imagens coloridas que avalia a direção e intensidade do fluxo sanguíneo nos vasos do corpo, solicitado pelo cardiologista dela. No final da tarde, após a realização do exame, ela foi encaminhada novamente para o isolamento da Penitenciária Talavera Bruce.
Flordelis é derrotada no ‘The Voice Prisão’
Em novembro de 2024, Flordelis dos Santos perdeu um concurso de canto na Penitenciária Talavera Bruce. A informação é da jornalista Vera Araújo, do jornal O Globo, e foi confirmada pelo Terra.
Batizado de Voz da Liberdade, o evento foi promovido pela Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP). Flordelis ficou entre as 17 finalistas, mas não venceu a competição vocal. Conhecida pela carreira como pastora e cantora gospel, ela ficou visivelmente frustrada com o resultado. A vencedora do concurso foi Cassiane Victoria Moura Martins, presa por tráfico de drogas.
Mesmo derrotada, ela afirmou que continua sendo uma referência no gênero no Brasil e no mundo, inclusive, que recebe cartas do mundo todo, algumas relacionadas a vida pessoal e outras de apoio.
Presa desde 2021, ela alega que enfrenta dificuldades na unidade de detenção. Segundo disse à jornalista, está tomando remédios e espera um novo júri para tentar responder pelos crimes em liberdade. Além disso, ela mantém a versão de que não é culpada pela morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
“Viver aprisionada é muito ruim. Difícil. Tomo muitos remédios aqui, mas sou muito apoiada pelas detentas e pela administração do presídio. Sinto que sou tratada como todas as outras internas. Faço parte do coral e não abro mão de cantar. É minha essência, está no meu DNA. Agora, aguardo um novo júri”.
Flordelis também citou que continua namorando o produtor Allan Soares, de 25 anos. Segundo ela, a relação foi um incentivo de sua psiquiatra. A ideia surgiu após ela apresentar um episódio de depressão.
A criminosa divide a cela no Instituto Djanira Dolores de Oliveira com sua filha, Simone dos Santos Rodrigues. Ambas estão no setor conhecido como ‘seguro’ por motivos de saúde. Flordelis tem problemas cardíacos e sua filha trata um câncer. Para ela, viver essa experiência com a filha é algo que considera horrível
“Nenhuma mãe desejaria estar presa com a filha, mesmo recebendo o melhor tratamento. Qualquer mãe preferiria estar no lugar do filho”.
Além de homicídio de Anderson, Flordelis foi condenada pela 3ª Vara Criminal de Niterói por tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa.
Procurada pelo Terra, a SEAP-RJ confirmou a realização do concurso, citando que o evento contou com mais de mais de 150 detentas, incluindo 21 mulheres trans, de sete presídios do Estado do Rio de Janeiro.
“O Concurso Voz da Liberdade tem como principal objetivo mostrar para a sociedade que, para além das penas que essas presas cumprem em função dos crimes que cometeram, há mulheres em recuperação, com grande talento, que podem e querem muito deixar a vida do crime para trás e um dia voltar a contribuir positivamente para a sociedade e suas famílias”, afirmou a secretária da SEAP, Maria Rosa Lo Duca Nebel.
Confira a nota da SEAP-RJ:
Promovido pela Secretaria de Administração Penitenciária, o evento está em sua segunda edição e teve mais de 150 detentas inscritas
Visibilidade e pertencimento são essas as palavras que definem os sentimentos das três primeiras colocadas do Concurso Voz da Liberdade da edição deste ano, realizado nesta quinta-feira (28/11), no Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira. Durante o evento, 17 finalistas subiram ao palco para mostrarem seus talentos e foram avaliadas por um júri composto pela secretária da Seap, Maria Rosa Nebel, jornalistas, representantes de setores da cultura, entre outros, além de uma plateia dr privadas de liberdade e convidados.
O Concurso é promovido pela Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro (Seap-RJ), por meio da Coordenação de Unidades Prisionais Femininas e Cidadania LGBT (COFEMCI), e contou com mais de mais de 150 detentas, incluindo 21 mulheres trans, de sete presídios do Estado do Rio de Janeiro, durante as fases classificatórias.
– O Concurso Voz da Liberdade tem como principal objetivo mostrar para a sociedade que, para além das penas que essas presas cumprem em função dos crimes que cometeram, há mulheres em recuperação, com grande talento, que podem e querem muito deixar a vida do crime para trás e um dia voltar a contribuir positivamente para a sociedade e suas famílias – afirmou a secretária da Seap, Maria Rosa Lo Duca Nebel.
A disputa deste ano foi marcada por um repertório eclético. As finalistas levaram ao palco diferentes estilos musicais, como MPB, axé, pop, samba, sertanejo e louvores. Subiram ao pódio a primeira colocada, Cassiane, seguida por Dessirée e Rayane.
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