Fraude em concurso público: homem é flagrado com aparelho escondido durante prova em Arapiraca.
Homem é preso em flagrante por fraude em concurso público em Arapiraca. Dispositivo eletrônico foi usado durante prova.
Um candidato foi preso em flagrante neste domingo (15) ao tentar fraudar um concurso público municipal em Arapiraca, no Agreste de Alagoas. O flagrante ocorreu durante a aplicação das provas em uma escola de tempo integral localizada no bairro Baixa Grande.
Segundo informações do Boletim de Ocorrência, agentes da Rádio Patrulha 03, vinculada ao 3º Batalhão da Polícia Militar (3º BPM), foram acionados após denúncia feita ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). A equipe organizadora do certame desconfiou de uma movimentação atípica no interior da unidade escolar e decidiu averiguar a situação.
Durante a fiscalização, os organizadores surpreenderam o candidato no banheiro da escola preenchendo o cartão de respostas com informações supostamente recebidas por meio de um dispositivo eletrônico. O equipamento, semelhante a um “Pagers” , estava escondido em sua posse e foi apreendido no local.
Ainda de acordo com a organização do concurso, o conteúdo transmitido ao candidato poderia comprometer diretamente a lisura da seleção, destinada ao provimento de cargos municipais. Os fiscais da banca agiram rapidamente e detiveram o suspeito até a chegada dos policiais militares.
Suspeito é autuado por fraude e permanece preso
Natural de Petrolina, em Pernambuco, o homem foi encaminhado à Delegacia Central de Polícia Civil de Arapiraca, onde prestou depoimento e teve a prisão formalizada. Com base nas evidências recolhidas no local, a autoridade policial o autuou por crime de fraude em certame de interesse público.
A tipificação está prevista no artigo 311-A, inciso I, do Código Penal Brasileiro, que prevê pena de reclusão de um a quatro anos, além de multa, para quem utilizar ou divulgar meios fraudulentos com o objetivo de beneficiar a si mesmo ou a terceiros em concursos públicos, vestibulares ou processos seletivos similares.
A polícia não divulgou se há outros envolvidos ou se o esquema possuía ramificações. O dispositivo eletrônico utilizado pelo suspeito será periciado e poderá servir como prova material no inquérito. O caso agora segue sob investigação da Polícia Civil, que busca apurar a origem do conteúdo repassado e se houve conivência de terceiros.
O detido segue preso e à disposição da Justiça, aguardando audiência de custódia. A banca responsável pela aplicação das provas informou que está colaborando com as autoridades e reforçou os procedimentos de segurança nas demais etapas do concurso.



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