O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (21) um ataque aéreo contra três usinas nucleares iranianas — Fordow, Natanz e Esfahan. A revelação foi feita por meio das redes sociais do próprio mandatário, que celebrou a ação como um “grande sucesso militar” e disse que os bombardeios já haviam sido concluídos com as tropas norte-americanas fora do espaço aéreo iraniano.

Segundo Trump, o principal alvo dos mísseis foi a instalação nuclear de Fordow, considerada uma das mais protegidas do Irã por estar localizada em uma área subterrânea reforçada. “Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora da paz!”, escreveu o presidente em tom triunfante.

A ação ocorre em meio à escalada de tensões no Oriente Médio desde que Israel lançou um ataque surpresa contra o Irã no último dia 13, sob a justificativa de impedir que Teerã desenvolvesse uma arma nuclear. O Irã, por sua vez, afirma que seu programa atômico tem fins exclusivamente civis e está amparado pelo Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), do qual é signatário.

Horas antes do anúncio de Trump, as Forças Armadas do Iêmen, aliadas do Irã, emitiram um comunicado ameaçando atacar embarcações dos Estados Unidos que transitarem pelo Mar Vermelho. O porta-voz militar Yanya Saree declarou que os iemenitas estão monitorando de perto qualquer movimentação hostil na região e não hesitarão em reagir. “Se os americanos se juntarem ao inimigo israelense em um ataque contra o Irã, nossos navios comerciais e militares serão alvos legítimos”, disse Saree.

Além disso, a agência Reuters divulgou que bombardeiros B-2 — capazes de atingir bunkers subterrâneos — estão sendo deslocados para a Ilha de Guam, no Pacífico, como parte de uma possível preparação militar mais ampla por parte dos EUA.

Embora a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não tenha comprovado que o Irã esteja produzindo uma bomba atômica, ela vinha apontando falhas de Teerã em cumprir integralmente suas obrigações. O Irã contesta as acusações e diz que a AIEA age sob influência política de potências ocidentais que apoiam Israel, como os Estados Unidos, França e Reino Unido.

Curiosamente, em março deste ano, a Inteligência norte-americana declarou que o Irã não possuía armas nucleares nem estava desenvolvendo uma bomba, mas essa avaliação vem sendo publicamente questionada por Trump nos últimos dias.