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Erro de português de Alexandre de Moraes ao advertir Bolsonaro gera críticas.

Erro de português de Alexandre de Moraes ao advertir Bolsonaro gera críticas.

Na peça jurídica, Moraes utilizou a expressão: “A Justiça é cega mais não é tola”, ao advertir o ex-mandatário.

Brasília- DF 21-02-2017 Alexandre de Morais durante sabatina na CCJ do Senado. Foto Lula Marques/Agência PT

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi alvo de críticas nesta quinta-feira (24) após a divulgação de um erro gramatical em sua decisão que rejeitou o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na peça jurídica, Moraes utilizou a expressão: “A Justiça é cega mais não é tola”, ao advertir o ex-mandatário. O trecho, no entanto, apresenta um equívoco comum na língua portuguesa. O termo “mais” foi usado incorretamente no lugar de “mas”, que exerce função de oposição, sendo o adequado para o contexto da frase.

 

 

Além disso, o trecho também carecia de pontuação adequada. Especialistas apontaram que a frase correta, segundo as normas gramaticais do português, seria: “A Justiça é cega, mas não é tola” — com o uso correto da conjunção e a inserção da vírgula após a palavra “cega”.

O deslize gramatical rapidamente repercutiu entre juristas, professores de português e usuários das redes sociais, que não pouparam críticas ao erro vindo de uma das mais altas autoridades do Judiciário brasileiro. A frase, grafada em caixa alta, ganhou ainda mais destaque, reforçando o impacto do erro na comunicação institucional.

 

 

Assessoria corrige, mas escorrega de novo

Diante da repercussão negativa, a assessoria do ministro Alexandre de Moraes divulgou uma nova versão do documento. Nela, o termo “mais” foi substituído por “mas”, corrigindo a falha mais evidente. No entanto, a vírgula ausente após “cega” permaneceu sem correção.

A situação gerou questionamentos sobre o rigor na revisão dos textos oficiais emitidos pelo Supremo, além de reacender o debate sobre a importância do domínio da norma culta por representantes dos poderes da República.

 

 

Apesar de não comprometer juridicamente a decisão, o erro linguístico acabou ofuscando o conteúdo do despacho e abriu espaço para críticas não apenas à forma, mas ao conteúdo e às decisões de Moraes no âmbito das investigações contra Bolsonaro.

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