O Senado Federal confirmou, nesta quarta-feira (13), a indicação da procuradora de Justiça Maria Marluce Caldas Bezerra para integrar o Superior Tribunal de Justiça (STJ). A votação, que ocorreu no plenário durante a tarde, registrou 64 votos favoráveis, nenhuma manifestação contrária e apenas uma abstenção. A aprovação encerra a etapa no Legislativo, restando agora a nomeação pelo presidente da República e, na sequência, a realização da sessão solene de posse no tribunal.

Pela manhã, Maria Marluce foi sabatinada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado e recebeu parecer favorável dos parlamentares. Durante a sessão, destacou a importância da presença feminina e nordestina no Poder Judiciário e o significado de sua trajetória para a representatividade regional. “Esta indicação valoriza a mulher nordestina e reforça o papel da diversidade no sistema de Justiça”, afirmou.

Natural de Palmeira dos Índios (AL), nascida em 1960, Maria Marluce formou-se em Direito pela Universidade Federal de Alagoas em 1982. Atuou inicialmente como advogada até ingressar, em 1986, no Ministério Público Estadual, onde construiu uma carreira diversificada. Passou por promotorias nas áreas criminal, cível, eleitoral, infância e juventude, direitos humanos, execução penal e patrimônio público.

Foi promovida a procuradora de Justiça em 2021, passando a integrar o Conselho Superior do MP. Também ocupou cargos no Executivo estadual, chefiando as pastas de Emprego e Renda e de Mulher e Direitos Humanos.

Também lecionou disciplinas de Direito, coordenou cursos de pós-graduação e participou de iniciativas de educação para o trânsito. Representou o MP em grupos de trabalho voltados à segurança viária e à saúde mental. Atualmente, é titular da Segunda Procuradoria Criminal e preside a Comissão da Infância e Juventude do Colégio de Procuradores.

Especialista em Direito Constitucional e Direito Processual, Maria Marluce coleciona ainda marcos pioneiros: foi a primeira mulher a atuar no Tribunal do Júri da capital alagoana e também a primeira procuradora a compor uma câmara criminal no Tribunal de Justiça de Alagoas.