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Preso o homem suspeito de estupro de enteada de 12 anos em Pão de Açúcar.

Preso o homem suspeito de estupro de enteada de 12 anos em Pão de Açúcar.

Homem ainda mantinha a criança em cárcere privado e ameaçava a mãe dela, segundo a polícia
Homem ainda mantinha a criança em cárcere privado e ameaçava a mãe dela, segundo a polícia

Um laudo do Instituto Médico Legal de Arapiraca (IML) confirmou o estupro de uma menina de 12 anos, em Pão de Açúcar. Conforme narrativa da própria vítima, o suspeito do crime é o padrasto dela, um homem de 43 anos, morador de Pão de Açúcar.

Segundo o sargento Marcelo Pauferro, do 7º Batalhão da Polícia Militar (BPM), a história veio à tona na segunda-feira (27), quando o suspeito esteve no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), de Pão de Açúcar, relatando que estava sendo vítima de chantagem da atual companheira, que ameaçava dizer para os vizinhos que ele havia estuprado a filha dela.

Diante da narrativa rica em detalhes, na qual o suspeito pediu para os policiais irem à casa do casal para conversarem com a companheira dele. Os militares, até então, não desconfiavam da trama montada pelo suspeito, mas, ao chegarem na residência, o nervosismo da mulher e da criança levantaram suspeitas.

O primeiro detalhe foi que enquanto era ouvida, a mulher se mostrou nervosa e incomodada com a presença do companheiro. Já a filha, que não aceitou ficar ao lado do padrasto, se mostrava trêmula.

Decididos a esclarecer as dúvidas, os militares pediram para conversar com a menina a sós, fato com o qual o padrasto não concordou. Foi necessário que os policiais exigissem a saída do casal da sala para terem a conversa reservada com a criança, que pediu para fazer um “teste” no hospital. Na sequência, após saber que os policiais iriam levar a garota até o IML de Arapiraca, o padrasto se alterou e não aceitou, levando a mãe da menina – aos gritos – a revelar que ele não era o pai legítimo e que o exame deveria ser feito.

Já no IML, a menina foi submedida a exames, sendo comprovado o estupro. Para os policiais, ao lado da mãe, a menina revelou que a série de estupros teve início na cidade de Sorocaba, em São Paulo, onde todos moravam. De lá, a família veio para Pão de Açúcar, onde os crimes continuavam. A criança também confirmou que o padrasto a proibia de ir para a escola e de sair de casa, além de não aceitar que ela tivesse um celular para evitar que ela o denunciasse. Toda a narrativa foi confirmada pela mãe, que alegou que também era ameaçada pelo homem.

Segundo o sargento Marcelo Pauferro, a dissimulação do suspeito, que foi preso e encaminhado para a Delegacia Regional de Polícia de Delmiro Gouveia (1ª-DRP), chamou a atenção. “É um criminoso cruel e dissimulado. Ele criou toda uma situação na tentativa de ameaçar ainda mais a pobre menina e a mulher”, disse o policial.

Uma equipe do Conselho Tutelar de Pão de Açúcar, em conjunto com a Secretaria Municipal de Ação Social, também acompanha o caso.

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