Ex-marido é preso suspeito de matar professora com coxinha envenenada no município de São Brás, interior de Alagoas.
Na manhã desta quarta-feira, 16 de outubro, a Polícia Civil de Alagoas prendeu um homem de 40 anos, suspeito de assassinar a professora Joice do Santo Silva Cirino, de 36 anos, após entregar uma coxinha envenenada à sua ex-companheira. A prisão ocorreu no município de São Brás, interior do estado, em cumprimento a um mandado expedido pela Vara do Único Ofício de Porto Real do Colégio.
O suspeito foi encontrado na casa de uma tia e, durante seu depoimento, negou ter cometido o crime. Agora, ele se encontra sob custódia da Polícia Civil e à disposição do Poder Judiciário. A morte de Joice ocorreu no dia 9 de outubro, quando ela passou mal após ingerir a coxinha em sua residência.
Joice dos Santos morreu em sua casa, e o médico que a atendeu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) apontou indícios de envenenamento como causa da morte. O delegado Rômulo Andrade, responsável pela investigação, relatou que a equipe policial foi acionada imediatamente após a ocorrência e iniciou uma investigação detalhada.
O Instituto de Criminalística (IC) foi chamado para coletar amostras do alimento e do ambiente onde a professora foi encontrada. O laudo que confirmará a causa da morte está previsto para ser divulgado nesta sexta-feira, 18 de outubro.
A prima de Joice, Luana Alves, revelou que a professora suspeitava de estar sendo envenenada pelo ex-companheiro. Segundo Luana, Joice havia enviado mensagens alertando sobre o que acreditava serem tentativas de envenenamento. “Ela me mandou fotos dos alimentos e áudios dizendo que estava se sentindo mal”, relatou.
Luana também comentou sobre um episódio em que o suspeito levou açaí para Joice, que continha “pedacinhos de veneno”. No dia do crime, ele teria oferecido a coxinha tanto para Joice quanto para o filho do casal, mas apenas a mãe ingeriu o alimento, enquanto a criança optou por uma sopa que Joice havia preparado.
A prima de Joice enfatizou que a professora estava em processo de separação do marido devido a traições e episódios de violência doméstica. “Joice sofreu todos os tipos de violência conforme previsto na Lei Maria da Penha”, afirmou Luana, destacando a urgência de se aplicar a lei para proteger mulheres em situações semelhantes. Ela fez um apelo por justiça, esperando que as autoridades cumpram com rigor a legislação que visa proteger vítimas de violência doméstica.
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