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Presidente Lula veta pensão vitalícia para crianças com microcefalia causada pelo vírus Zika.

Presidente Lula veta pensão vitalícia para crianças com microcefalia causada pelo vírus Zika.

As famílias, que há anos lutam por maior apoio, agora se veem em meio a um impasse, com uma compensação única sendo a única solução oferecida pelo governo.

Criança com microcefalia e Lula | @Reprodução

governo federal anunciou recentemente a edição de uma medida provisória que concederá uma indenização de R$ 60 mil às famílias de crianças diagnosticadas com microcefalia causada pelo vírus Zika, afetando crianças nascidas entre 2015 e 2024. A medida visa aliviar os desafios enfrentados por essas famílias, oferecendo uma compensação financeira para apoiar o cuidado das crianças que sofrem com essa condição de saúde.

No entanto, a expectativa de muitos foi frustrada com o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um projeto de lei que previa, além da indenização, uma pensão vitalícia para as crianças com microcefalia. O veto gerou críticas veementes de parlamentares, incluindo a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), que se mostrou indignada com a decisão.

“É estarrecedor que, após 10 anos de luta e espera, essas famílias sejam silenciadas com uma simples canetada do presidente Lula“, afirmou a senadora em entrevista à Agência Senado.

A medida provisória, que já foi publicada e tem força de lei, estipula o pagamento da indenização de forma única, e as famílias interessadas devem se dirigir ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para solicitar o benefício, apresentando laudos médicos que comprovem a relação entre a microcefalia e o vírus Zika.

O governo justificou o veto ao projeto de lei alegando que a pensão vitalícia implicaria em gastos contínuos, e que não havia uma estimativa precisa do impacto orçamentário dessa despesa.

Entre os anos de 2015 e 2017, o Brasil vivenciou um surto do vírus Zika, que resultou em um aumento expressivo de casos de microcefalia, afetando centenas de crianças em todo o território nacional. As famílias, que há anos lutam por maior apoio, agora se veem em meio a um impasse, com uma compensação única sendo a única solução oferecida pelo governo.

Agora, a medida provisória segue para votação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, onde precisará ser analisada no prazo de 120 dias. Caso não seja deliberada dentro desse período, a MP perderá sua validade, obrigando o Congresso Nacional a tomar medidas para regularizar as relações jurídicas geradas pela decisão do governo.

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