Na madrugada desta quinta-feira (19), horário de Brasília, o hospital Soroka, maior centro médico do sul de Israel, localizado na cidade de Beersheba, foi atingido por um míssil disparado pelo Irã. O ataque faz parte de uma nova escalada militar entre os dois países e deixou dezenas de pessoas feridas. O incidente gerou reação imediata do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que prometeu uma resposta dura ao governo iraniano.

De acordo com as autoridades israelenses, o Irã lançou dezenas de mísseis balísticos e drones contra território israelense. Vários projéteis atingiram áreas com grande presença civil. O impacto no hospital causou “danos extensos”, segundo o serviço de emergência Magen David Adom, e feriu pacientes, profissionais de saúde e visitantes. Três vítimas estão em estado grave.

Imagens de câmeras de segurança e relatos locais indicam que o hospital foi atingido por volta das 7h da manhã (horário local). A estrutura sofreu danos em alas de internação e parte do setor de emergência. O local atende cerca de 1 milhão de habitantes do sul de Israel e possui mais de mil leitos, sendo considerado essencial para a rede de saúde do país.

Além do hospital, outras áreas civis foram atingidas, como residências e vias públicas. Em Tel Aviv, ao menos 40 pessoas foram socorridas com ferimentos provocados pelos ataques.

O premiê Benjamin Netanyahu condenou o ataque e acusou diretamente o regime iraniano de mirar propositalmente em civis.

“O Irã ultrapassou todas as linhas vermelhas. Este ataque covarde não ficará sem resposta. Teerã pagará um preço alto por cada vida colocada em risco”, afirmou em pronunciamento oficial.

O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou que o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, “não pode mais existir”.

Em cntrapartida, o Irã afirmou que os mísseis tinham como alvo instalações militares nas proximidades do hospital e que o impacto na unidade de saúde teria sido acidental, causado pela onda de choque.

Analistas internacionais alertam para o risco de um conflito direto e de grandes proporções entre os dois países, com possíveis desdobramentos em toda a região do Oriente Médio.

A Organização das Nações Unidas (ONU) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente, mas bastidores diplomáticos indicam preocupação com a possibilidade de escalada militar.

Israel mantém tropas em alerta máximo e articula ações coordenadas com seus aliados internacionais.