A Polícia Federal em Alagoas desencadeou, nesta terça-feira (23), a Operação Máscara de Vidro, que desarticulou um esquema criminoso responsável por fraudar a Caixa Econômica Federal em pelo menos cinco cidades do Estado. Segundo a investigação, o grupo utilizava documentos falsos, mas com fotografias dos próprios integrantes, para abrir contas e movimentar valores de forma irregular.

As apurações apontam que foram criadas 12 contas bancárias fraudulentas, usadas para contratar cartões de crédito, obter empréstimos e utilizar limites de cheques especiais. O dinheiro era distribuído entre diferentes contas, em uma tentativa de dificultar o rastreamento, até ser transferido para os principais envolvidos.

Durante a ação, equipes da Polícia Federal cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão nos municípios de Maceió, Atalaia e Boca da Mata. A Justiça também determinou o bloqueio e sequestro de R$ 500 mil, montante considerado o lucro obtido pelo grupo com as fraudes.

Os investigados deverão responder pelos crimes de estelionato majorado, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Se condenados, as penas podem ultrapassar 27 anos de prisão.

De acordo com a PF, o nome da operação faz referência ao método adotado pela quadrilha: os criminosos usavam como “máscara” os documentos falsificados, mas com as próprias imagens, para enganar o sistema de segurança bancário.