Governo de AL publica novo decreto e mantém quarentena por mais oito dias.
Comércio deve permanecer fechado por mais oito dias
O Governo de Alagoas prorrogou, neste domingo (29), o decreto de emergência para conter o avanço do novo coronavírus no estado. O novo decreto, publicado em um suplemento do Diário Oficial do Estado, suspende o funcionamento de shoppings, bares, academias e outros estabelecimentos por um prazo de oito dias a partir da 0h de segunda-feira (30).
O novo decreto traz novidades. Indústrias foram liberadas para funcionar e restaurantes e lanchonetes foram autorizados a funcionar no modelo “Pegue e Leve”.
O decreto não cita as escolas públicas, mas no sábado (28), o governador disse que está mantida a suspensão das aulas nas escolas da rede pública estadual, determinada no decreto anterior, até 7 de abril.
Renan Filho também disse no sábado que vai contratar 500 profissionais de saúde para atuar nas unidades destinadas ao atendimento de casos de casos da Covid-19 no estado.
‘Pegue e leve’ em restaurantes e lanchonetes
O novo decreto traz uma novidade para restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos similares. Esse tipo de estabelecimento pode funcionar por serviços de entrega, inclusive por aplicativo, e na modalidade “Pegue e Leve”. No primeiro decreto, os clientes não podiam ir aos estabelecimentos para comprar alimentos e bebidas. O governador atendeu à demanda do setor e autorizou que o cliente vá ao estabelecimento para comprar, mas leve o produto para consumir em casa.
Liberação para todo tipo de indústria
O primeiro decreto especificava os tipos de indústria que podiam funcionar. No novo, todas as indústrias foram autorizadas a funcionar.
O que pode e o que não pode funcionar
Fechados por 8 dias
- bares, restaurantes e lanchonetes (poderão funcionar apenas por meio de serviço de entrega e na modalidade “Pegue e Pague”)
- estabelecimentos de comércio que prestem serviço com a presença de clientes
- templos, igrejas e demais instituições religiosas
- museus, cinemas, eventos culturais, feiras, exposições e outros equipamentos culturais
- academias, centros de treinamento
- shoppings, galerias e demais estabelecimentos
- barracas de praia na orla, rios, piscinas, clubes e receptivos e outros locais com aglomeração
Podem funcionar
- indústrias
- supermercados, farmácias e locais que prestam serviços de saúde
- órgãos de imprensa e meios de comunicação e telecomunicação
- estabelecimentos odontológicos, hospitalares, laboratório de análises, clínicas de fisioterapia, psicológicas e de reabilitação
- distribuidoras de energia e serviços de telecomunicações
- postos de combustíveis
- funerárias
- agências bancárias
- casas lotéricas
- padarias
- clínicas veterinárias
- lojas de produtos para animais
- lavanderias
- oficinas mecânicas
Contratação de profissionais da saúde
O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, disse que, na segunda (30), vai ser feito o chamamento público para contratação de 500 profissionais da área da saúde que vão integrar a força tarefa que atuará nas unidades destinadas a atender os casos de coronavírus em Alagoas, como o Hospital da Mulher (HM).
“Iremos contratar muitos profissionais como médicos, técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros. No site da Saúde, vai sair o chamamento com um prazo curto de 48 horas para que as pessoas encaminhem os currículos, através de e-mail, para que façamos uma rápida seleção e contratemos pessoas capazes de ajudar alagoanos e alagoanas que precisem de tratamento nesse período tão difícil”, explicou Ayres.
Distanciamento social
Em uma live no sábado, Renan Filho voltou a defender o isolamento social para conter a Covid-19, achatando a curva de contágio e evitando o colapso do sistema hospitalar.
De acordo com o governador, as medidas de distanciamento social são fundamentais para que o Estado conclua o processo de remodelagem da rede de saúde que está sendo preparada.
A meta é disponibilizar, até 30 de abril, cerca de 500 leitos para tratar a Covid-19 em Alagoas, tanto de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) como de retaguarda para tratar os casos clínicos. A previsão é que os primeiros 105 leitos de UTI fiquem prontos na segunda.