Durante o júri, o Ministério Público Estadual acusou Erivan de homicídio qualificado, com motivo torpe e que impossibilitou a defesa da vítima
Erivan Alves dos Santos foi condenado a 18 anos de prisão por matar em maio de 2011 o ex-secretário de Turismo de Traipu, José Valter Matos. Ele foi julgado pelo Tribunal do Júri, no Fórum da Capital, na quarta-feira (13). A defesa entrou com recurso para redução da pena.
O acusado já está preso preventivamente desde 2013. E, durante a condenação em primeira instância, a Justiça decidiu mantê-lo preso.
De acordo com o advogado de defesa, Manoel Passos, como Erivan já cumpriu seis anos de reclusão, foi requerido em plenário o recurso em segunda instância para Erivan pagar o restante da pena em regime semiaberto.
Durante o júri, o Ministério Público Estadual acusou Erivan de homicídio qualificado, com motivo torpe e que impossibilitou a defesa da vítima. A defesa do réu confesso pediu para manter somente a qualificadora de recompensa. Segundo Erivan em depoimento diante do Júri, ele teria recebido dinheiro – uma valor de R$ 4 mil – para terminar a construção de sua casa em troca de matar a vítima.
Em depoimento no Tribunal do Júri, ele disse que foi contratado por Marcelo do Zé Negato, porque a vítima tinha um débito de R$ 14 mil no cartão de crédito da irmã de Marcelo. Antes disso, na fase de inquérito policial, o advogado de Erivan, Manoel Passos, explica que o réu teria apontado o ex-prefeito de Traipu Marcos Santos como o mandante, versão que foi mudada no decorrer do processo.
A defesa alega que o réu foi pressionado a apontar o ex-gestor como mandante. O júri acatou as alegações do Ministério Público e condenou o acusado a 18 anos de reclusão. Erivan confessou que planejou o crime, estudou a rotina da vítima, e no dia do homicídio, ficou à espreita, numa casa em construção, esperando que Valter entrasse em sua residência pela garagem. Ao abrir o portão da garagem, a vítima teria sido atingida por disparos de arma de fogo.