Jornal de Penedo-AL
A assessoria do presidente da Câmara negou que houvesse qualquer conversa marcada com Lula.
O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram secretamente na noite desta quarta-feira (3/8) no Palácio da Alvorada. O encontro não estava registrado na agenda oficial de ambos e suas assessorias negaram inicialmente a realização da conversa.
Segundo informações de auxiliares de Lula, a reunião foi marcada momentos antes de acontecer e durou cerca de três horas, sendo realizada a sós entre os dois líderes políticos. Arthur Lira deixou a residência oficial do presidente da República após as 23h.
A equipe de articulação política do governo, que esperava que a reunião ocorresse na manhã de quinta-feira, também foi surpreendida pela decisão de realizá-la na noite anterior.
A assessoria do presidente da Câmara negou que houvesse qualquer conversa marcada com Lula. No entanto, a informação sobre a reunião foi divulgada pelo blog da jornalista Julia Dualibi, no G1, na noite desta quinta-feira. Mesmo após a divulgação, a assessoria de Lira manteve a negativa sobre o encontro.
Nesta sexta-feira (4/8), as assessorias de Lula e Lira reafirmaram que a reunião não ocorreu, embora informações dos auxiliares do presidente apontem o contrário.
O encontro entre Lula e Lira acontece em meio à decisão do governo de incorporar o Centrão ao ministério. O presidente já definiu que os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA) assumirão pastas na Esplanada dos Ministérios, mas ainda não decidiu quais postos serão cedidos aos partidos.
O Planalto tem adotado uma estratégia de afastar Lira das negociações diretas sobre a nova configuração da Esplanada, optando por tratar do assunto com dirigentes e lideranças do PP e do Republicanos.
Em sua live semanal na última terça-feira, Lula deixou explícita a estratégia ao afirmar: “O Centrão não existe. O Centrão é um ajuntamento de uns partidos em determinadas situações. Eu não quero conversar com o Centrão como organização. Eu quero conversar com PP, Republicanos, PSD, União Brasil.”
