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Dois advogados são indiciados pela Polícia Civil por crime de estelionato contra médicos em Sergipe.

O Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) concluiu as investigações que apuravam um golpe com prejuízo de R$ 10 milhões, onde dois advogados, sendo um homem e uma mulher, foram indiciados por aplicarem golpes contra cerca de 50 médicos no Estado de Sergipe.

Os profissionais de medicina investiram em um grande projeto de clínica popular, que não foi executado pelos estelionatários. As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Defraudações e Combate à Pirataria (DDCP), vinculada ao Depatri.

De acordo com as investigações, após a denúncia do estelionato, a DDCP iniciou as investigações e durante a apuração policial identificou que o início da captação de investidores para as clínicas populares aconteceu em 2017. Mas, em menos de um ano, a clínica fechou e a investigada apresentou um novo projeto, com o objetivo de buscar, de forma ativa, pacientes para a clínica, inclusive com a criação de um cartão de saúde para descontos.

Porém, da mesma forma, a iniciativa não funcionou, inclusive, faltando, novamente, a realização de prestação de contas. As investigações indicaram ainda que a ação dos suspeitos foi apenas mais um projeto para a arrecadação de valores e novos investidores.

No ano de 2021, uma das investigadas informou aos sócios que enviou o valor investido para o exterior e passou a exigir passaportes e contas fora do País dos médicos investidores, além de suposto honorário advocatício para advogados estrangeiros regularizarem a expatriação dos valores, e segundo a polícia, alguns médicos chegaram a pagar os valores.

Conforme as informações policiais, enquanto ganhava tempo, a investigada criou uma nova história, dizendo que o projeto tinha se tornado ainda maior e que investidores estrangeiros estavam interessados na compra da empresa, ludibriando, mais uma vez, as vítimas. Ao longo de quatro anos, os investigados se beneficiaram ilicitamente de R$ 10 milhões.

Diante dos fatos apurados pela DDCP, foram representadas pelas decisões cautelares de busca e apreensão, sequestro de bens e valores, bloqueio de contas, medidas que foram deferidas pelo Judiciário de Sergipe. As prisões foram solicitadas à Justiça, porém não foram autorizadas pelo Poder Judiciário. Até o momento, foram bloqueados R$ 1,6 milhão. Os investigados foram indiciados por estelionato, e o inquérito foi remetido à Justiça.

Da Redação

Por: Arnaldo

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