A nomeação levanta questionamentos sobre os critérios utilizados na seleção de profissionais para cargos relacionados à segurança do atual presidente brasileiro.
Gabriel Prado, conhecido por ter sido detido em 2011 por arriar as calças e exibir as nádegas em frente a um posto da Polícia Militar, está ganhando destaque em cargos relacionados à segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na última segunda-feira (17/7), Prado foi nomeado para a Assessoria Especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos da Secretaria Executiva do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Antes dessa nomeação, Prado já havia integrado a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata de Lula, um órgão criado em janeiro deste ano e com validade até junho. Durante sua atuação na função, Prado chegou a acompanhar Lula em viagens oficiais ao exterior.
O incidente pelo qual Prado ficou conhecido ocorreu em 2011, quando tinha 28 anos, na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro. Na ocasião, ele abaixou as calças e mostrou as nádegas ao lado de um amigo, enquanto um terceiro tirava uma fotografia. O ato foi presenciado por um policial que retornava ao seu posto e resultou na detenção dos três indivíduos.
Segundo o agente, eles afirmaram que se tratava apenas de uma brincadeira e que pretendiam postar a foto no Facebook. Após assinar um termo de compromisso para comparecer a uma audiência judicial, Prado e seus dois amigos foram liberados. Não há pendências judiciais contra Prado em relação a esse incidente.
Apesar do histórico controverso, aliados de Lula argumentam que se Prado foi aceito em um cargo público efetivo, não há impedimento para que o governo o nomeie para funções de destaque.
A nomeação de Prado para a Assessoria Especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos da Secretaria Executiva do GSI reflete essa perspectiva. No entanto, a nomeação também levanta questionamentos sobre os critérios utilizados na seleção de profissionais para cargos relacionados à segurança do atual presidente brasileiro.